A Ozonoterapia é o conjunto de técnicas que utilizam o Ozono como agente terapêutico num grande número de patologias. É uma terapia totalmente natural com poucas contra-indicações e efeitos secundários mínimos, sempre que se realize correctamente.
A história da Ozonoterapia começa na Alemanha. O percursor do uso do Ozono foi Werner von Siemens, que em 1857 construiu o primeiro tubo de indução de administração de Ozono para a destruição de micro-organismos. As primeiras utilizações remontam à Primeira Guerra Mundial, onde foi utilizado como antisséptico local para tratamento das feridas de guerra. Posteriormente estendeu-se a todo o mundo aumentando as suas indicações. A partir da Segunda Guerra Mundial proibiu-se o seu uso na EEUU para todas as indicações em que competia com a medicamentos convencionais.
Apesar desta limitação, a Ozonoterapia na Europa continuou a encontrar grande aceitação dentro da Medicina Naturista e Tradicional tendo mais tarde os Russos que aceleraram as investigações desta nova terapia e transferiram os conhecimentos a todos os países aliados, nomeadamente em Cuba, onde foram desenvolvidas um grande parte das técnicas e protocolos terapêuticos da atualidade. Apesar que esta terapêutica também se expandiu no resto do mundo, sobretudo após a II Guerra Mundial.
Até aos anos 80, a Ozoterapia extendeu-se entre médicos homeopatas, sendo ignorada pela Medicina tradicional ou Alopática, devido em grande parte a falta de investigação básica e aos poucos estudos controlados da sua eficácia.
Diversos centros Universitários em Cuba, Europa, Rússia, Polónia e China, começaram a investigar os efeitos fisiológicos do Ozono no organismo e alguns hospitais Universitários e Privados iniciam estudos controlados da sua eficácia.
Pouco a pouco os sistemas sanitários vão autorizando e regulando a aplicação desta terapia em torno da Medicina tradicional.
Em Espanha começou a sua utilização nos anos 60, existindo a primeira referencia bibliográfica em 1963. Não obstante, a extensão do seu empregos dentro da Medicina alopática se produziu em 1999, após decisão de alguns especialistas médicos da sua utilização para o tratamento da hérnia discal. Posteriormente foram implementadas outras aplicações terapêuticas noutro tipo de patologias.
Em Portugal, o primeiro curso de Ozonoterapia de uso Médico foi efectuado em 2004 em Lisboa tendo sido ministrado pelo médico Traumatólogo Dr. Alejandro Gonçalves, membro da direcção da AEPROMO e pelo Engº Manuel Gomez, Professor em Química e membro da Sociedade Espanhola de Ozonoterapia.
Atualmente a técnica está amplamente divulgada em Portugal e é implementada em diversas unidades públicas e privadas, estando regulamentada como terapia médica da Nomenclatura da Ordem dos Médicos de acordo com a publicação do Dec-Lei Nº 163/2013 de 24 de Abril.
OZONO EM MEDICINA
No uso médico combina-se uma mistura de Oxigénio e Ozono denominado Ozono Médico em que o Ozono ( O3 ) se encontra presente em concentrações (1 a 80 microgramas/mililitro) 30 vezes inferiores com o respectivo uso industrial.
As concentrações superiores a 2 microgramas / litro são tóxicas por via inalatória. A ausência de efetividade sistémica das concentrações menores que esta cifra e o elevado risco de complicações levou à proibição da sua utilização por via inalatória. Por este motivo, o Ozono Médico não é considerado como Gás Medicinal.
As concentrações superiores a 100 microgramas/ml são tóxicas por via parenteral, aumentando as possíveis complicações. Os diferentes tecidos têm um nível máximo de toxicidade que depende das propriedades antioxidantes dos mesmos.
Em concentrações ideais de Ozono Médico, demonstrou-se ausência de efeitos teratogénicos e cancerígenos em animais de experimentação e em pacientes humanos voluntários. Igualmente verificou-se ausência de complicações em diversos estudos clínicos à excepção dos referenciados com má prática clínica médica. Daí a importância de seguimento de protocolos clínicos terapêuticos adequados, nomeadamente os constantes na Declaração de Madrid
Os efeitos bioquímicos do Ozono no corpo humano são os seguintes :
Os efeitos fisiológicos do ozono no corpo humano são:
Local:
Sistémica:
Pode ser intravenosa ( Auto-hemoterápia Maior), Intramuscular ( Auto-hemoterápia menor ) ou rectal.
As aplicações em Oznoterapia são determinadas em função dos seus efeitos fisiológicos bem conhecidos. Isto determina o amplo número de patologias nas quais resulta a sua utilidade de forma isolada ou como terapia complementar.
As concentrações e modo de aplicação variam em função do problema a tratar, na qual a concentração de Ozono determina o tipo de efeito biológico que produz e o modo de aplicação determina o âmbito de acção no organismo.
Assim, podem beneficiar da Ozonoterapia as patologias com origem inflamatória e dolorosa, infecciosa, isquémica, e as alterações do stress oxidativo.
Aparelho Locomotor:
Aparelho Cardiovascular:
Aparelho Digestivo:
Medicina Estética e Dermatologia:
Neurologia:
Ginecologia:
Oftalmologia:
Medicina Dentária:
Geriatria:
Otorrinolaringologia: